segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Ranicultura


A ranicultura se iniciou no Brasil na década de 30, quando um técnico canadense trouxe alguns casais da rã Touro Gigante de seu país e iniciou a criação no RJ.
* Década de 80: se caracterizou por um aumento muito grande no número de ranários - a carne de rã era muito valorizada.
* Década de 90: redução no número de instalações para a  criação,  mas   com   um aumento da produção (40 a 100Kg/mês > 200  a  300kg).

- Aumento - melhorias  nas  instalações, rações mais apropriadas, uso de estufas para a manutenção da temperatura, criação de índices zootécnicos e maior conhecimento do animal e de sua criação.
- Aumento de produção provocou as seguintes implicações:  ranários trabalhando no seu limite de produção e aumento da oferta do produto.
- Proliferação de agentes patogênicos,  causando  grandes  perdas correlacionadas com problemas sanitários e/ou má qualidade da água.
- Reformulação no sistema de criação com a entrada de “concorrentes”: salmão, lagosta, etc... 

- Aumento - melhorias  nas  instalações, rações mais apropriadas, uso de estufas para a manutenção da temperatura, criação de índices zootécnicos e maior conhecimento do animal e de sua criação.
- Aumento de produção provocou as seguintes implicações:  ranários trabalhando no seu limite de produção e aumento da oferta do produto.
- Proliferação de agentes patogênicos,  causando  grandes  perdas correlacionadas com problemas sanitários e/ou má qualidade da água.
- Reformulação no sistema de criação com a entrada de “concorrentes”: salmão, lagosta, etc... 

ESTRATÉGIAS DE MERCADO


nNecessidade de maior especialização e capacitação da mão-de-obra existente.
nFormação de grupos de produtores para praticarem a compra de insumos e venda de carne de rãs em conjunto, de maneira a aumentar o poder de barganha e fortalecer a capacidade de oferta.

A RÃ-TOURO

nA espécie mais criada em cativeiro no Brasil é a rã-touro gigante (Rana catesbeiana)  de origem norte americana
n
nEscolhida pelos criadores devido as suas características zootécnicas tais como:
n
  - precocidade (crescimento rápido)
      - prolificidade (alto número de ovos por postura)
      - rusticidade (facilidade de manejo)

CARACTERÍSTICAS DAS RÃS
n    A rã revela ter uma carne de composição rica em proteínas, baixo teor de gordura e carboidratos e uma boa relação de cálcio e fósforo, sendo ideal para dietas para pessoas com problemas digestivos e alérgicas à proteína de origem animal.

n    A carne de rã também apresenta nove dos dez aminoácidos essenciais, ao organismo humano. Isto torna a carne de rã uma excelente fonte de aminoácidos sendo indicada para pessoas com problemas de desnutrição.
Ótima capacidade de adaptar-se aos diferentes regimes climáticos brasileiros, bem como aos diferentes manejos físicos e alimentares típicos de cada região, o que permite o seu cultivo a nível nacional.

INSTALAÇÕES

* A área média recomendada para a implantação de um ranário rentável comercialmente varia entre 500 a 700m2. Com esse projeto o ranicultor pode atingir uma produção de anual média de 2.000 Kg de carne.

* A propriedade deve estar em uma região de clima quente, do contrário terá que investir em estufas ou equipamentos para controle e manutenção da temperatura

*A propriedade deve possuir água em abundância, com qualidade apropriada para a criação de organismos aquáticos.

* Topografia da propriedade deve ser relativamente plana, com boa drenagem,  protegida  dos ventos frios do inverno e apresentando  boa insolação.

* A propriedade deve ter luz elétrica, fácil acesso e apresentar infra-estrutura básica para os trabalhadores e para o gerenciamento da criação. 

INSTALAÇÕES
n    São utilizadas baias diferentes para cada estágio de crescimento do animal.

n     As baias devem ter uma vegetação de controle composta por aguapés que tem como finalidade, dentre outras, purificar a água e manter a temperatura da mesma, garantindo um ambiente adequado para a vivência da rã.

n    A água deve ser mantida entre 15 e 28°C, dependendo da fase da vida da rã.
n    As instalações devem conter:
     1.Baia de manutenção – de controle dos reprodutores;
     2.Baia de acasalamento
     3.Tanque de criação;
     4.Baias de crescimento e terminação.

n    As baias onde serão alojadas as rãs devem conter:
     1.Coxo de alimentação com vibradores (pois a rã procura alimento em movimento);
    
2.Piscina para controle da temperatura da rã e redução do estresse;
 3.Abrigo para proteção, de madeira ou cimento;
 4. Piso adequado, com leve declividade e feito de concreto.

Tanques: são construídos em alvenaria com cobertura de tela de náilon, geralmente sombrite 50%, e ficam sob estufas ou galpões agrícolas.
Objetivo: aumento da temperatura ambiente.

Tempo que o animal leva desde a fase de ovo até o peso de abate é de 7 meses em média,

Período de manutenção do plantel de matrizes nunca devera ultrapassara cinco anos, ou seja, ao final da quarta temporada de postura. O processo completo de produção no ranário se divide em 5 etapas:

     - reprodução
      - eclosão
      - girinagem
      - transformação 
      - engorda

n    Baseado na experiência de criadores, surgiu o modelo chamado “Tanque ilha”, escavado no solo e contendo no centro da escavação uma ilha onde se colocavam  carcaças e restos que atraiam insetos para a alimentação dos animais.

n    Década de 80: abandono do “Tanque ilha” com o surgimento das baias de recria denominadas “confinamento”.

Instalação do tipo “Anfifranja” – setor de reprodução: baias de mantença e as de acasalamento

        Baias de mantença: as rãs reprodutoras são mantidas confortavelmente durante todo o ano, sendo transferidas para as baias de acasalamento quando ranicultor necessita de desovas.

         Baias de acasalamento podem ser para apenas um casal de cada vez (individualizadas), ou para vários casais (baias coletivas).

         Depois da reprodução, a desova é transferida para o setor de girinos, e o casal retorna para a baia de mantença.

         Apesar dessa baia ser semelhante às do setor de recria, seus elementos básicos estão em número e dimensões proporcionais ao porte dos reprodutores, que são alojados em uma densidade bem inferior.


TANQUE DE GIRINOS

Tanque de Girinos: formado por um conjunto de tanques, construídos em tamanho e número proporcional ao porte do empreendimento.
        A desova é depositada em uma incubadeira, onde ocorrerá o desenvolvimento embrionário até a saída das larvas, as quais, decorridos alguns dias, darão origem aos girinos propriamente ditos.
        Nos tanques, os animais vão se desenvolver até ocorrer a metamorfose 

        A desova é depositada em uma incubadeira, onde ocorrerá o desenvolvimento embrionário até a saída das larvas, as quais, decorridos alguns dias, darão origem aos girinos propriamente ditos.
        Nos tanques, os animais vão se desenvolver até ocorrer a



Metamorfose 



Setor de Recria: formado pelas baias de recria inicial e baias de terminação.












Criação de Codornas


Criação de Codornas
 Aves pequenas que oferecem carne saborosa, porém, os ovos in natura, cozidos ou em conservas, encontra-se em qualquer ponto-de-venda de alimentos, de mercearias a restaurantes; Com pouco colesterol e muita proteína, vitamina B1 e B2 e nutrientes como ferro, fósforo e cálcio, diariamente e por longo período pelas codornas; Algumas criações são versáteis na oferta de produtos que podem trazer um bom retorno ao produtor; No caso das codornas, a venda de ovos é a opção mais indicada para quem não quer investir muito, tem pouco espaço na propriedade e pretende ingressar em uma atividade fácil; Aves pequenas que oferecem carne saborosa, porém, os ovos in natura, cozidos ou em conservas, encontra-se em qualquer ponto-de-venda de alimentos, de mercearias a restaurantes; Com pouco colesterol e muita proteína, vitamina B1 e B2 e nutrientes como ferro, fósforo e cálcio, diariamente e por longo período pelas codornas; A postura pode passar de dois anos, mas o primeiro ano é o mais produtivo; A criação de codornas para reprodução, por sua vez, tem custo mais alto; Um dos fatores que encarecem a atividade é o uso de chocadeiras; Fáceis de manusear, de rápido crescimento e produtivas; São ótimas para criadores inexperientes; É importante que as aves sejam de boa procedência; Tenham alimento de qualidade, vitaminas e medicamentos, se forem necessários, e vivam em ambiente limpo e livre de doenças; Codornas podem ser criadas até em quintais de residências, estruturas apropriadas; Um pequeno galpão ou uma garagem inutilizada são outras alternativas para abrigar as gaiolas das aves; Para obter uma renda extra, o criador ainda pode vender esterco para floriculturas e hortas; No caso de criação para o abate, restos como ossos, cabeça, pata, penas e vísceras são matérias-primas para a produção de sabão, ração e óleo; Mas é bom lembrar que somente frigoríficos credenciados pelos sistemas de inspeção estão permitidos a executar o trabalho de abate Instalação de criação de Codornas Ser afastado dos centros urbanos e de outras explorações avícolas; O terreno deve ter facilidade de acesso para vistorias e escoamento da produção; Local seco e de fácil drenagem; Possibilidade de instalação elétrica; Ter água em abundância e de qualidade; O local deve ser bem arejado, mas sem ocorrência de ventos muito fortes; Deve-se construir o galpão no sentido Leste-Oeste; Disponibilidade de área. Condições físicas Temperatura: as codornas na fase inicial são muito sensíveis a variações de temperatura, por isso o aquecimento artificial é necessário, para a criação em fase adulta a temperatura ideal é de 20°C a 23°C; Umidade: quando elevada pode dificultar o empenamento e retardar o desenvolvimento na fase inicial, além de favorecer o aparecimento de doenças; Luminosidade: a ave deve ter contato com a luz durante 18 horas por dia, para manter a produção de 1 ovo por dia. Se necessário, utiliza-se iluminação artificial; Ventilação: é importante pois fornece oxigênio ao ambiente da criação, e retira o excesso de gases liberados pelas fezes das aves; Sistemas de criação Criação sobre camas: as camas podem ser de areia, pó-de-serra, serragem ou palha de arroz. Criação em Gaiolas de Baterias: conjunto de 4 ou 5 gaiolas, uma sobre a outra, com espaçamento de 15 cm entre uma e outra. Criação em Gaiolas de Baterias: conjunto de 4 ou 5 gaiolas, uma sobre a outra, com espaçamento de 15 cm entre uma e outra. Instalação e equipamentos Galpões fechados (laterais): não podem ser muito grandes e largos, devem ter várias janelas. Recomenda-se cortinas de tecido ou lona de cor clara nos dias frios. Galpões Abertos (laterais): exigem telas nas laterais para a evitar a fuga das aves e impedir a entrada de predadores. Telhados: as telhas de barro oferecem maior conforto térmico, a construção de lanternim no telhado também ajuda na refrigeração do ar e escape dos gases de dentro do galpão. Piso: pode ser de cimento rústico ou outro material, deve apresentar uma pequena declividade, para favorecer a higienização do local. Gaiolas de Postura: recomenda-se as gaiolas de arame galvanizado, são padronizadas nas medidas 100 cm X 30 cm (comporta 30 aves) ou 100 cm X 40 cm (comporta 40 aves), com duas ou três repartições. Gaiola de Postura Gaiolas de Recria: usadas na fase intermediária de crescimento. As aves são alojadas com 15 dias de vida e saem quando atingem os 35 dias. Gaiolas para Codornas de Corte: são de tamanho 100 cm X 40 cm. Bebedouro: o mais comum é do tipo nipple, em pequenas criações pequenas vasilhas de plástico podem ser usadas. Comedouro: geralmente vem junto com a gaiola. Como manejar a criação de codornas Devem ser mantidas em gaiolas coletivas de macho e fêmea; o macho de um abrigo deve ser trocado de lugar com o macho do abrigo vizinho; Recomenda-se um macho para cada 2 a 3 fêmeas; Devido à grande sensibilidade das codornas : Recomenda-se evitar os cruzamentos entre parentes próximos; Os ovos férteis de codornas: Podem ser incubados naturalmente com galinhas anãs ou pombas; O mais recomendável é através da incubação artificial. Manejo do pintinho As primeiras 24 horas da eclosão: Os pintinhos devem receber aquecimento, ração e água à vontade; A temperatura inicial de criação deve ser 38ºC; A partir do terceiro dia de vida: Redução diária de 1ºC até que a temperatura se torne ambiente; Piso da criadeira é forrado com papel durante os três primeiros dias de vida; A ração será distribuída na própria forração de papel por sobre o piso, nos três primeiros dias; Depois oferecida em cochos do tipo bandeja; Os bebedouros devem ser lavados e sua água trocada, no mínimo, duas vezes ao dia. Manejo da recria A recria compreende o período entre 16 e 45 dias de idade; Nesta época, as aves continuam recebendo ração e água à vontade. Manejo de postura A quantidade de ração por ave deve ser de 30 a 35 gramas, Água fornecida a vontade; Para um índice elevado de postura: Deve-se ter ambiente Iluminado; Lâmpada incandescente de 15 WATTS para cada 5 metros quadrados de galpão; Recomenda-se que no dia seja prolongado para 17 horas, através da associação de luz natural; Exemplo: Ligar às 4 horas e desligar às 6 horas e 30 minutos; Ligar novamente às 17 horas e 30 minutos e desligar às 21 horas. Manejo dos ovos Os ovos serão colhidos duas vezes ao dia: A primeira coleta realizada pela manhã e a outra, à tarde. Devem ser acondicionados nos pentes próprios, mantidos sobre refrigeração; Para que as suas qualidades nutritivas sejam conservadas; Os ovos destinados à incubação: Serão mantidos em ambiente fresco, arejado ; Nunca por um período superior a 7 dias. Como alimentar as codornas Rações comerciais fareladas de uso exclusivo de codornas; Após a eclosão, o pintinho deve ser mantido em jejum durante 24 horas; A partir deste período receberá ração à vontade; Esta ração contém 26% de proteína bruta deverá ser oferecida à ave até a idade de 45 dias quando é levada ao abate ou para a produção de ovos; O consumo estimado no período é de 500 gramas por aves; A partir de 45 dias, as fêmeas receberão a ração de postura com cerca de 23% de proteína bruta; Devem ser oferecidos diariamente entre 30 a 35 gramas desta ração por ave; A água deve ser potável e sempre à vontade; Cuidados com a ração: armazenamento em local seco e fresco; deve-se não ter contato direto da embalagem com o piso ; não ser guardada por período superior a 30 dias; Evitar que a ração seja atacada por roedores. Como prevenir doenças Apesar de serem animais difíceis de contrair doenças, as codornas precisam de alguns cuidados durante a criação: Manter o ambiente limpo; Trocar a água e a ração 2 vezes por dia nos primeiros 20 dias da ave; Desinfetar as gaiolas após retirada das aves para o abate ou se houver morte de alguma codorna; O galpão , gaiolas e mesmo as mãos dos que manejam as aves, devem estar sempre limpos. Vacinação das codornas Nos primeiros 21 dias todas as codornas devem ser vacinadas contra a coriza e contra a newcastle, as duas doenças que mais matam nos primeiros dias de vida. A 2ª dose deve ser ministrada após 45 dias. Outra doença que causa muitas mortes nos aviários são a Bouba ou varíola das aves. A melhor forma de prevenção é a aplicação de vacina do virus vivo e o combate do mosquito transmissor. Vermífugos Os vermífugos devem ser ministrados aos 30 dias de vida da ave por meio da ração. A dose é repetida 3 semanas depois. Criação de codornas – comercialização e aspectos econômicos Por muitos anos, a coturnicultura constituiu atividade alternativa para pequenos produtores, mas, em função do potencial dessas aves essa atividade tem apresentado um desenvolvimento bastante acentuado nos últimos tempos. Os principais fatores que contribuem para isso são: o excepcional sabor exótico de sua carne, responsável por iguarias finas e sofisticadas; o baixo custo para implantar uma pequena criação, podendo se tornar uma fonte de renda complementar dos pequenos produtores rurais. Do lado técnico-econômico, torna-se ainda mais atrativa, ao verificar-se o rápido crescimento e atingimento da idade de postura, a elevada prolificidade e o pequeno consumo de ração.
 MERCADO DE OVOS DE CODORNA GARANTE LUCRO PARA CRIADORES A exploração comercial de codornas cresceu e se encontra, nos últimos anos, em expansão. O criador localizado em regiões de fraca produção raramente terá problemas para escoar os seus produtos e obterá um preço justo por eles. São potenciais pontos de venda e, ou compradores: supermercados, bares, padarias e restaurantes, hotéis, bufês e salgadeiras, ferias livres e varejões. O consumo de ovos e carne de codorna tem aumentado em regiões turísticas, especialmente no litoral. ESPÉCIES DE CODORNAS